Cerca
de 25 organizações e movimentos sociais, dentre elas a Terra de Direitos,
enviaram ontem (17) para
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança-CTNBio, Ministério Público Federal e
Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA e outros órgãos
governamentais solicitando a reavaliação e imediata suspensão do milho
geneticamente modificado NK 603, tolerante ao Glifosato (Milho Roundup Ready),
de propriedade da transnacional Monsanto. O ofício contou com adesões como da
Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e Associação Brasileira
dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa).
O
documento teve como fundamento o recente estudo conduzido pelo pesquisador
Gilles-Eric Séralini da Universidade de Caen, que constata a toxidade alarmante
em ratos de laboratório expostos ao mencionado milho geneticamente modificado,
ocasionando grandes índices de mortalidade e aparecimento de grandes tumores
cancerígenos em curto período naqueles animais.
No
Brasil, esse milho foi liberado comercialmente pela CTNBio em 2008 e é
amplamente cultivado em território brasileiro, assim como utilizado pela
população para alimentação. Atualmente, além desse transgênico, outras cinco
variedades de milho geneticamente modificado possuem o evento NK603 em sua
composição, conhecidos como eventos pirâmidados, aprovados para comercialização
no país. As pesquisas apresentadas pela empresa Monsanto foram realizadas a
curto prazo e não foram publicadas em nenhuma revista científica.
Maior
empresa transnacional do setor de biotecnologia, a Monsanto é conhecida por sua
produção antagônica ao projeto de soberania alimentar e de produção de alimentos
saudáveis, livres de agrotóxicos, pautas históricas de diversos movimentos
sociais, como a Via Campesina, Movimentos dos Pequenos Agricultores (MPA),
Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST), que também assim o documento.
Fonte: Blog Cá Prá Nós
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