O Fórum de Articulação das
Mulheres Tocantinenses - AMT, Articulação estadual autônoma, não
partidária, e a Casa Oito de Março - Organização Feminista do
Tocantins (15 anos), manifesta seu apoio e solidariedade às jornadas de
lutas das mulheres da Via Campesina, por ocasião do dia internacional de
lutas das mulheres - 08 de março, que, alem de reunir
camponesas de três estados da Amazônia para celebrarem e estudarem,
denunciou ao mundo os crimes ambientais e sociais das empresas que
promovem o deserto verde (com a monocultura o eucalipto) e de sua
representante a Senadora Kátia Abreu. Elas agiram em defesa da
vida, em defesa de uma forma de desenvolvimento rural que se baseia na
agricultura camponesa, na reforma agrária, na preservação da
biodiversidade e na construção da
soberania alimentar.
A ação das mulheres provocou um debate mais crítico na sociedade brasileira e mundial sobre o agronegócio, porque as empresas e a mídia vendem uma imagem de que grandes empreendimentos geram muitos empregos. Mas, o plantio de Eucalipto gera apenas 01 emprego a cada 185 hectares plantados enquanto a agricultura camponesa gera no mínimo um emprego por hectare.
Estranhamente, ao invés de se preocupar em investigar as empresas, os latifundiários, que com apoio financeiro dos governos, estão provocando destruição ambiental, desemprego e êxodo rural, concentração fundiária, trabalho Escravo, grilagem de terra publica, entre outros crimes, a Senadora Kátia Abreu e seu Filho Irajá Abreu falam em legalidade enquanto eles continuam impunes aos crimes e se referem às camponesas que em suas lutas legitimas defendem a justiça socioambiental como pessoas ignorantes, violentas e chamam sua capacidade organizativa feminista com termos pejorativos, alem de as caluniarem imputando, inclusive, a elas ações criminosas que não aconteceram, verdadeiras falácias e manobras da classe latifundiária.
Incomoda-nos verdadeiramente o
cinismo da senadora, fazendo-se de vitima e cuidadora do meio-ambiente,
colocando em duvida um dos maiores princípios da luta
camponesa-feminista do Brasil que ´e o respeito ao ambiente inteiro e a
forma não violenta de lutar.
As camponesas da Amazônia, em sua
manifestação do dia 07 de março no Estado do Tocantins fizeram uma
jornada pacifica coerente com suas opções agroecologicas e coerentes com
suas condições de militantes do campo.
Já a senadora não agiu como
verdadeira defensora do meio ambiente, da justiça no campo e das
mulheres, como tem alardeado durante todos os seus mandatos com suas
ações assistencialistas e preferiu, em nível nacional e internacional,
desacreditar as trabalhadoras lutadoras, conscientes e muito bem
informadas militantes do Movimento Sem Terra e da Via Campesina.
Como Fórum de Mulheres do
TO, Movimento autônomo e não partidário, repudiamos os atos da senadora
Kátia Abreu, daqueles que se prestaram com ela a proferiram inverdades
com relação à jornada de lutas das trabalhadoras camponesas por ocasião
do dia internacional das mulheres.
Da mesma forma a Casa Oito
de Março, Organização feminista do Tocantins, compreendeu a ação
auto-vitimizadora e as referencias inverídicas da senadora Kátia Abreu
como desvalorização e desrespeito as trabalhadoras e de seu direito de
manifestar e defender um modelo de agricultura e ecologia mais justa
para a Amazônia e todo o Brasil.
Palmas, 10 de março de 2013
Fórum AMT
Casa Oito de Março
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