terça-feira, 27 de setembro de 2011

Apipará 2011

Secretário do MMA fala sobre plano nacional de agroecologia

26/09/2011
Maria Borba
O Plano Nacional de Transição Agroecológica apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para atender às redes que buscam outro padrão de desenvolvimento econômico foi um dos principais motivos que levou o MMA a participar, nesta segunda-feira (26/9), da abertura do Encontro Nacional de Diálogos e Convergências: agroecologia, saúde e justiça ambiental, soberania alimentar, economia solidária e feminismo.

O Plano, resultado de um compromisso assumido pela ministra Izabella Teixeira com as redes de economia solidária e de agricultura familiar, concilia produção de alimentos com conservação dos recursos naturais e viabiliza a agricultura familiar. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável e representante do ministério no evento, Roberto Vizentin, explicou que uma das convergências que essas redes buscam "é fortalecer a alternativa concreta de organização da produção agrícola em bases ecológicas", afirmou.
Segundo ele, esse modelo de produção dialoga com o tema das mudanças climáticas e estimula a agrobiodiversidade. Esse sistema prioriza uma forma plural de produção que se contrapõe à monocultura. Em vez de plantar somente um tipo de grão em grandes extensões de terra, esse sistema investe em vários tipos de cultivos diferentes e, com isso, não só promove a adaptação à diversidade do ambiente, mas mitiga os efeitos climáticos, explica
Uma das vantagens da agricultura ecológica em comparação com a agricultura convencional é o reduzido impacto que ela exerce sobre os recursos naturais, sobretudo, em relação às mudanças climáticas porque não se baseia em insumos agroquímicos, os quais usam, especialmente, adubos nitrogenados e formas de uso do solo que emitem gases de efeito estufa.
Ao ser menos vulnerável, o sistema de produção agroecológico proporciona menos impacto na mudança climática e aumenta a segurança alimentar das regiões e dos países, disse Vizentin. Ele informou que o modelo defendido pelas redes está predominantemente ligado à agricultura familiar. "Ele é exatamente o contrário da produção convencional baseada em commodities e em um sistema produtivista", disse.
No encontro, os participantes criticaram o uso do agrotóxico na agricultura brasileira e mencionaram o compromisso da ministra Izabella Teixeira, anunciado pela presidente da República, Dilma Rousseff, durante a Marcha das Margaridas deste ano, de instituir uma mesa de discussão sobre o uso e as consequências da aplicação massiva de venenos na agricultura brasileira. "O Brasil é campeão mundial de uso de agrotóxico e isso impacta o meio ambiente e a saúde pública. Um exemplo disso foi o veneno detectado no leite materno das mulheres que amamentavam no município de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, até a contaminação dos recursos hídricos", alertou o secretário.
Ele disse que a literatura científica está repleta de exemplos de surgimento e de aumento de doenças graves, como o câncer, associados ao uso do veneno. O encontro buscou ainda ampliar e fortalecer o polo democrático e popular da sociedade brasileira para aumentar conquistas sociais, econômicas e ambientais. "Trata-se de uma via de mão dupla: ampliar e resistir para não dar passos para trás, como, por exemplo, com a aprovação do novo Código Florestal que anistia os desmatadores.  Ao fazer isso, certamente haverá um exacerbamento do desmatamento no País", concluiu Vizentin.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Contra a violência e pelos direitos humanos das mulheres e meninas: a responsabilidade do Estado e de toda a sociedade também é extramuros!

Nós, do Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense, da Articulação de Mulheres Brasileira- AMB, Sociedade Paraense de Direitos Humanos- SDDH, MAMA, Rede Feminista de Saúde – Rede Saúde, União Brasileira de Mulheres UBM, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente CEDECA/EMAÚS, Rede de Educação Cidadã- RECID  e, outros parceiro@s da luta CONTRA A VIOLÊNCIA E PELOS DIREITOS  HUMANOS DAS MULHERES E DAS MENINAS que também assinam essa nota, compreendemos que a sociedade civil organizada tem o direito e a competência de, debater, propor e formular políticas que contribuam com os gestores na concretização de um novo modelo de Segurança Pública inclusiva para o Pará. E que também é nossa tarefa cotidiana o acompanhamento das situações de violação dos direitos das mulheres e meninas no nosso Estado.

Por isso, as instituições aqui representadas vêm a público externar seu repúdio diante da denúncia de violação de Direitos Humanos, estupro e exploração sexual vivenciada pelas adolescentes, dentro de instituição estatal de recolhimento de presos, a Colônia Agrícola Heleno Fragoso, em Americano, Santa Isabel/PA.

O Brasil assumiu as decisões das Conferências Internacionais da ONU, realizadas na década de 90, de fundamental importância para os direitos humanos das mulheres. Em especial, a Conferência Mundial dos Direitos Humanos de Viena (1993), a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento do Cairo (1994) e a Conferência Mundial sobre a Mulher - Beijing (1995), Convenção Sobre os Direitos da Criança e do Adolescente que especificaram os direitos de igualdade de gênero.

Foi em Viena que, pela primeira vez, se reconheceu expressamente que os direitos humanos das mulheres e meninas são parte integrante, indivisível e inalienável dos direitos humanos universais e que a violência de gênero é incompatível com a dignidade e o valor da pessoa humana.

Outros dois importantes tratados internacionais, que relacionam os temas de discriminação e violência contra as mulheres, num contexto de proteção especial são: a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW, ONU, 1979), ratificada pelo Brasil em 1.º de fevereiro de 1984, que garante a defesa em âmbito mundial; e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará, OEA, 1994), ratificada pelo Brasil em 27 de novembro de 1995, que define os parâmetros nacionais para o problema.

Não se analisa, nem se dá solução aos contextos de violência urbana - violência estrutural pela precariedade das condições de vida, insuficiência de equipamentos e serviços públicos, interdições ao direito de ir e vir das mulheres no espaço da cidade, à presença da violência ligada ao tráfico e à violência policial nas cidades do Pará especialmente em Belém.

Assim, assistimos a violência relacionada ao tráfico de seres humanos, à exploração sexual de mulheres e  meninas, cujo Brasil ocupa rankings vergonhosos; sobretudo a região Norte e Estado do Pará em particular, que convivem com a impunidade de políticos, juízes, milícias, e policiais envolvidos.

Entendemos que são graves e chocantes as denúncias do Conselho Tutelar de Belém, sobretudo em virtude de que o fato teria acontecido dentro de uma instituição pública e de responsabilidade do Estado. No entanto, não podemos deixar de nos posicionar quanto a uma questão que não se encerra no fato de que o crime teria acontecido porque não havia, na colônia agrícola, um muro de contenção para a entrada de pessoas; muito menos no fato de que a situação estaria resolvida apenas com a responsabilização (que é necessária) dos agentes e pessoas envolvidas.

Queremos dizer com isso, que infelizmente para além dos muros, ou da construção de um muro, o problema centra-se na violência sendo utilizada como instrumento de dominação dos homens sobre as mulheres - presente em nossas vidas; como realidade ou como ameaça e possibilidade  constante através de humilhações, xingamentos, piadas agressivas, utilizando o medo, o constrangimento, agressão verbal, física e sexual, sempre que lhes parece necessário individualmente ou como grupo.

Queremos chamar atenção aqui para a responsabilidade e o compromisso político e social por parte do Estado do Pará em efetivar políticas públicas para as mulheres para erradicar todas as formas de violência, pois os últimos fatos envolvendo estas  meninas estupradas dentro da Colônia Agrícola Heleno Fragoso vão contra todos os direitos humanos preconizados nas convenções internacionais acima referidas, em relação à violência contra as meninas e mulheres.

No caso dessas meninas que sofreram estupro em um espaço prisional do Pará nos perguntamos onde estavam os agentes de segurança púbica que deveriam estar monitorando e exercendo a função para a qual são pagos pelo Estado. Também indagarmos sob a função e monitoramento dos espaços prisionais e administração do setor de segurança do Pará, também nos perguntamos sob o abandono de finalidade da colônia agrícola. O fato é estarrecedor, pois a ação divulgada pelos meios de comunicação vai além da violação de direitos das adolescentes.

Mais lamentável ainda é sabermos que fatos da gravidade do acontecido, ocorrem corriqueiramente nas casas prisionais e fora delas – o que não exclui a responsabilidade do Estado. Alguns casos chegam ao conhecimento público, mas a maioria continua sob uma cortina de invisibilidade de sistemas de privilégios que são utilizados, sob as vistas do sistema de segurança pública.

A sociedade precisa acercar-se desta realidade, as organizações sociais devem também posicionar-se para não aceitarmos mais que “as rigorosas providências” aconteçam apenas quando acontece um fato dessa natureza. Até agora apenas a menor T foi ouvida pelos órgãos competentes, mas nos perguntamos de que maneira vem se dando esse processo de inquirição? Onde estão as outras meninas? Perguntamos e exigimos providência pela segurança dessas meninas, haja vista que crimes como esses envolvem diversos tipos criminosos e também possíveis responsabilizações de autoridades.

Essa barbárie torna a vida e segurança de meninas e mulheres em nosso estado uma precariedade e vulnerabilidade constantes como conseqüência da omissão do Estado. A dignidade, com suas características de inalienabilidade, imprescritibilidade e irrevogabilidade, exige, na perspectiva dos direitos humanos, eficácia imediata. Desta forma, o fato de alguém, em virtude da necessidade (qualquer que seja ela), dispor de sua dignidade não dá a ninguém o direito de viola-la ou aliená-la!

A violência contra a mulher enquadrada nesse fato que tomou as páginas dos jornais paraenses e nacionais, nos dois últimos dias, constitui-se na ponta do “iceberg” que é a omissão governamental em relação à violação dos direitos humanos que se agrava com a ausência de uma política eficaz de segurança pública.

Por isso, a perspectiva extra-muros não pode deixar de ser colocada como reflexão  - construir o muro não resolve o problema  – sobretudo porque o enfrentamento da violência e exploração sexual de crianças e adolescentes, não tem sido tratado pelo Estado Brasileiro, e, especialmente pelo Estado do Pará como Política Pública de Direitos Humanos prioritária.

Esse caso não só revela as múltiplas dimensões de violência de gênero, geracional, exclusão e negligência vivenciadas por milhares de adolescentes e crianças no Brasil - que já trazem em sua história de vida sucessivas negações e violações de direitos - como também revelam uma sociedade permissiva, omissa e reprodutora dessa violência.

A violência contra as mulheres deve ser compreendida em vários contextos, para além da esfera doméstica e familiar. No entanto ainda é comum os discursos e as práticas que justificam de várias formas a  violência, muitas vezes responsabilizando as vítimas pela violência que sofrem. Prática essa comum nas instituições de segurança pública, como a polícia.

A exposição, a culpabilização da vítima, e a revitimização, tem sido a tônica dada para esse e outros  casos semelhantes, exemplos inequívocos da forma como a sociedade e o estado demonstram o despreparo no enfrentamento da questão. As vítimas passam a ter sua imagem explorada pela mídia sensacionalista e extremamente lucrativa, são alvos de um juízo de valor sexista e permissivo, e álibi para brigas partidárias dentro do Estado.

Questiona-se em que momento se prioriza atenção integral às vítimas de violência? Que sentimento de segurança tudo isso traz? Neste momento, se desfaz a ilusão construída nos “muros que protegem” e “nos muros que separam”. Não são muros que definem uma situação de violência; mas antes são as pessoas e o contexto.

O Estado do Pará parece estar virando uma “terra sem lei e sem direitos”. Afinal qual a providência tomada pelo governo em relação à violência praticada contra uma mulher com sofrimento psíquico que foi agredida no mercado ver- o- peso no dia 07 de setembro? Qual a providencia em relação às 06 mulheres que estão na cela de uma Delegacia em Altamira? Quais as providências que o governo está tomando em relação aos inúmeros assassinatos de trabalhadores rurais, que já são inúmeros só no primeiro semestre deste ano? Qual a ação efetiva de consolidar as retaguardas necessárias para prevenir, coibir e responsabilizar essas inúmeras ações de violência no Estado? Quais as providências tomadas para o alto índice de assassinatos de mulheres no estado do Pará?

O que o Governo estadual e o Judiciário tem feito em relação ao desmonte, desqualificação da Promotoria de Violência contra a Mulher, Vara da Violência contra a mulher, conquistas no enfrentamento da violência contra a mulher?

Queremos que as políticas públicas do qual o governo é responsável por efetivar funcionem. Os centros Maria do Pará; os abrigos para mulheres; as delegacias  de atendimento às mulheres; a disponibilização dos recursos humanos e materiais para a atenção às meninas e mulheres em situação de violência; a punição dos agressores; as residências terapêuticas são apenas alguns dos dispositivos que têm que ser fortalecidos e efetivados para que os DIREITOS HUMANOS DE MENINAS E MULHERES seja um fato e ação real do Estado e não um factóide - não aceitamos que mais uma vez se coloque a “responsabilidade” dos fatos ocorridos em cima das vítimas!

PELA VIDA E DIREITOS DAS MULHERES...

Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense- FMAP, Articulação de Mulheres Brasileiras- AMB /PA, Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos  – SDDH, Grupo de Mulheres Brasileiras  – GMB, Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia – MAMA, Rede Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos  – Regional Pará, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente  - CEDECA/EMAÚS, Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará – GEMPAC, FASE- AMAZÔNIA, CEDENPA, Fórum Metropolitano de Reforma Urbana,Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Altamira Campo e Cidade- MMTA-CC,  Rede de Educação Cidadã- RECID, Grupo de Mulheres do Tapanã, Movimento de Articulação de Mulheres do Estado do Pará- MAMEP, União Brasileira de Mulheres- UBM, GEPEM/UFPA  - Observatório Regional Norte - Lei Maria da Penha, Maria Luzia Álvares- Professora UFPA, Instituto Nangetu de Tradição Afro-Religiosa, MOCAMBO, Associação AFRO-Religiosa e Cultural “ILÊ IYABA OMI”  - ACIYOMI,  MOCAMBO, Movimento de Luta Antimanicomial – MLA, UNIPOP, SODIREITOS, APACC/PARÁ.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Hábitos alimentares: uma questão de saúde


Cerca de 20 pessoas dos municípios de Cametá, Mocajuba e Limoeiro do Ajuru participaram, nos dias 19 e 20 de setembro, da segunda oficina “Hábitos alimentares: uma questão de saúde”, no auditório da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Cametá. Segurança alimentar e doenças relacionadas à má alimentação, como o diabetes, hipertensão, alto índice de colesterol e obesidade, foram os temas abordados no encontro.


O evento contou com a participação da enfermeira Celúzia Quintal, coordenadora do programa Hiperdia - resultado de uma parceria entre a Associação Paraense de Apoio as Comunidades Carentes (Apacc) e Secretaria Estadual de Saúde Pública. A oficina teve o apoio da ONG italiana União e Cooperação para o Desenvolvimento dos Povos (UCODEP).

Encontro de Diálogos e Convergências - Um espaço para unir experiências em defesa de um modelo soberano e justo para a vida no planeta

Agroecologia, saúde e justiça ambiental, soberania alimentar, economia solidária e feminismo. Como estes temas estão relacionados? Que iniciativas há nestas áreas? Quais são os nossos desafios na construção e defesa de um outro modelo de desenvolvimento? E o que temos a nosso favor neste processo? São estas e outras questões que o Encontro Nacional de Diálogos e Convergências: agroecologia, saúde e justiça ambiental, soberania alimentar e economia solidária quer ajudar a responder. O encontro será realizado de 26 a 29 de setembro, em Salvador, na Bahia, e reunirá cerca de 300 participantes entre trabalhadores do campo e da cidade, movimentos sociais, pesquisadores, estudantes e diversas outras organizações que estão diretamente relacionadas aos temas acima e que trabalham para promover estes direitos.

As palavras diálogos e convergências têm um significado bastante importante para a ideia do encontro. É um encontro de diálogos porque pretende ser um espaço para a troca de ideias, conhecimento de experiências, intercâmbio de informações de forma democrática e transparente. E é também de convergências porque quer estimular que experiências e pensamentos que levem a construção de um modelo de desenvolvimento justo com o meio ambiente e os seres humanos se encontrem e unam forças para enfrentar a forma predatória e exploratória em curso hoje. E, além disso, apontem, coletivamente, caminhos concretos de práticas diferenciadas.

Partindo de experiências concretasComo forma de amadurecer a ideia e começar a preparação para o Encontro Nacional, já foram realizadas três etapas regionais. Estas etapas foram chamadas de Oficinas Territoriais de Diálogos e Convergências e os endereços onde elas aconteceram foram escolhidos por serem bastante significativos, do ponto de vista da resistência e da proposição de outra forma de fazer agricultura e de enxergar a relação dos homens e mulheres com o meio ambiente.

As oficinas foram realizadas no Pólo de Borborema, na Paraíba; no Planalto Serrano da Serra Catarinense, no município de Lages; e no norte de Minas Gerais, na região de Montezuma. A ideia é que estes três exemplos sirvam de ponto de partida para o encontro, no qual também haverá a exposição de outras experiências.

Mais temas relacionadosNa programação do evento, haverá espaço para debate também de outros temas que são considerados fundamentais para que consigamos avançar neste outro modelo de desenvolvimento que estamos propondo e praticando. Serão espaços de diálogo sobre a comunicação e a auto-organização das mulheres na perspectiva da igualdade de gênero, que, de alguma forma, perpassam todos os outros temas que dão nome ao encontro.

Quem está organizandoFazem parte da comissão organizadora a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), a Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), a Rede Alerta contra o Deserto Verde (RADV), a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o Fórum Brasileiro de Soberania e de Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), a Marcha Mundial de Mulheres (MMM) e a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).

Quem pode participar
A comissão organizadora quer garantir a participação de iniciativas e movimentos sociais de todas as regiões do Brasil, da forma mais representativa possível, com a indicação de que haja o mesmo número de mulheres e de homens. Cada movimento social e entidade elegeu os seus representantes para participar do encontro com o cuidado especial de documentar e difundidir o mais rápido possível as informações.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Margaridas marcham em Brasília


Cerca de 100 mil mulheres estiveram reunidas, nos dias 16 e 17 de agosto, em Brasília, para reivindicar desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade, durante 4ª edição da Marcha das Margaridas.
Representantes das 27 federações do país participaram das atividades do encontro, no Pavilhão do Parque da Cidade, desde oficinas, painéis, lançamento do CD Marcha das Margaridas e de publicações sobre as lutas das trabalhadoras rurais, até o lançamento da Campanha contra os Agrotóxicos.


A secretária nacional de mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmen Foro, disse que a construção da marcha acontece há mais de um ano, e que foram muitos pastéis, panos, rifas e festas que possibilitaram a presença de plataforma política que diz respeito ao desenvolvimento sustentável do Brasil, que só pode ser alavancado com Justiça, autonomia, igualdade e liberdade. Carmen acredita que o diálogo com a presidente Dilma vai render frutos históricos, capazes de transformar a vida. E que a expectativa é de construção de agenda longa, com políticas públicas que propiciem um salto de qualidade. A marcha percorreu de 5 quilômetros, desde o Parque da Cidade até a Esplanada dos Ministérios.


Caderno de respostas - A presidenta Dilma Rousseff entregou, no encerramento da Marcha das Margaridas, o caderno de respostas às reivindicações feitas. Dilma apresentou as respostas a Carmen Foro. Dilma também falou das reivindicações feitas. Ela afirmou que o Governo Federal ainda não acatou todas as exigências, mas se comprometeu em continuar conversando. “Muitas das demandas foram acatadas, outras demandas nós vamos continuar a conversa. A maior conquista dessa marcha das margaridas é a continuidade do diálogo com o governo. Eu me comprometo a dar continuidade a esse dialogo respeitoso e companheiro que nós temos, iniciado no governo Lula”, prometeu a presidenta.


O presidente da Contag, Alberto Broch, comemorou a realização da marcha e assegurou que este é um momento histórico na vida das mulheres do campo. Alberto se emocionou em alguns momentos e citou as mulheres como fundamentais na continuidade de vida no campo. “Desigualdade, violência e falta de poder aumentam o êxodo rural. Queremos um campo com gente, com rostos humanos, com homens e mulheres construindo o fortalecimento rural sustentável e, nesse papel, as mulheres são fundamentais”, assegurou.
Alberto ainda fez uma proposta à presidenta Dilma Rousseff para que haja uma política de fortalecimento da agricultura familiar e do acesso à terra. Isso, segundo Broch, seria indispensável em um novo modelo de desenvolvimento sustentável.
Fonte: Agência Contag de Notícias

Ciclo de Oficinas sobre Economia Solidária e Desenvolvimento Territorial Sustentável

Os municípios Igarapé-Miri, Abaetetuba e Barcarena serão contemplados, no dia 7 de outubro, com o Ciclo de Oficinas sobre Economia Solidária e Desenvolvimento Territorial Sustentável, que ocorrerá em Abaetetuba.

O objetivo da ação é discutir sobre a economia solidária enquanto motor de desenvolvimento territorial sustentável, mediados pela conjuntura do Baixo Tocantins; mobilizar sujeitos locais para a realização das Feiras Territorial e Municipais de Ecosol (Encontro Territorial de Economia Solidária do Baixo Tocantins) e criação do Fórum de Economia Solidária do Baixo Tocantins, até julho de 2012; e fortalecer a dimensão territorial do desenvolvimento, à luz da economia solidária, pela articulação dos municípios do Baixo Tocantins, potencializando a estratégia de Fórum Territorial de Ecosol e o Conselho de Desenvolvimento Territorial Baixo Tocantins (Codeter), como mediadores institucionais.

No dia 9 de setembro, o município de Moju recebeu o primeiro ciclo, envolvendo também as cidades de Tailândia e Acará. No no dia 7 de outubro, será a vez Mocajuba e Baião (em Mocajuba) e, no dia 14 do mesmo mês, Cametá sediará o evento, reunindo também os municípios de Limoeiro e Oeiras.

A proposta das oficinas nasce em meio às proposições do I Encontro Territorial de Economia Solidária do Baixo Tocantins (I Ecosol), ocorrido em junho deste ano, em Abaetetuba, e das articulações estabelecidas entre a coordenação desse encontro e o Núcleo Diretivo do Codeter Baixo Tocantins.

Dentre os encaminhamentos do I Ecosol deliberou-se pela criação (até julho de 2012) do Fórum Territorial de Economia Solidária do Baixo Tocantins e pela realização da II Feira Territorial de Economia Solidária, além do incentivo às feiras municipais.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Educação e Desenvolvimento Regional são temas de encontro

Segue até o dia 10 de setembro de 2011 o I Seminário de Educação e Desenvolvimento Regional, no Campus Tocantins da Universidade Federal do Pará, em Cametá. O objetivo do evento é discutir as questões de educação, do desenvolvimento regional e as implicações mútuas dessas dimensões. É momento para que se repensem os elementos que compõe a vida da região, de questionar as condições da educação e sua capacidade de formar pessoas capazes e comprometidas com o desenvolvimento regional, com responsabilidade, ética, e consciência dos impactos ecológicos e ambientais.

Neste sábado (10), haverá a mesa redonda “Desafios da Educação e do Desenvolvimento na Região” e a conferência Desafios da diferença para a educação e o desenvolvimento regional”.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Rita Cauli visita projetos em Cametá



Os projetos beneficiados pela União Europeia em Cametá receberam a visita, no início do mês de agosto, da assessora para a Cooperação – Delegação Brasileira da EU, Rita Cauli. Ela foi à propriedade do seu Coelho, na comunidade do Caripi, verificar os resultados do projeto de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar no Baixo Tocantins - realizado no período de 2004 a 2008 e apoiado pela organização - e também na comunidade do Ajó, para conhecer as ações do Mulheres do Campo, projeto atualmente beneficiado.


Encontro na propriedade do seu Coelho

Produção das mulheres da Comunidade do Ajó


Na oportunidade, Rita aproveitou a ida ao município para informar, por meio de uma reunião aberta a entidades interessadas, sobre o edital de apoio ao desenvolvimento com foco nos Direitos Humanos que a União Europeia lançará em agosto. A reunião informativa foi promovida pela Apacc, por meio do projeto Mulheres do Campo, com o apoio do MMNEPA, PPM, União Europeia, ABONG Amazônia e ANA Amazônia.

Comunidade do Ajó