quinta-feira, 31 de março de 2011

Município de Central, na Bahia, sedia feira agroecológica



Estimular o consumo saudável, consciente e solidário, através da comercialização de alimentos orgânicos, é uma prática que vem dando certo nas feiras agroecológicas promovidas pelo projeto Cidades Sustentáveis, do CAA. Foi o que aconteceu no último sábado (26), no município de Central, que sediou, pela primeira vez a feira.

Em barracas padronizadas, o público beneficiário expôs uma variedade de hortaliças, verduras e frutas, tudo produzido sem agressão ao meio ambiente. Pela qualidade dos alimentos e pela organização da feira, muitos consumidores visitaram o local e ficaram animados, empolgando até os expositores. Alguns passaram somente para ver a novidade, outros aproveitaram para comprar.

A 1ª Feira Agroecológica em Central teve a participação de 15 produtores do projeto, além do produtor agroecológico Lucas, da localidade de Palmeiras. A atividade também reuniu membros da Associação dos Artesãos e Artesãs. Eles expuseram seus produtos, que se destacaram pela criatividade. A feira aconteceu paralelo à feira municipal, abrindo espaços para socialização de experiências e troca de informações.

Para Paula Silva, coordenadora do “Cidades Sustentáveis”, a feira foi bem recebida pela população em geral. Segundo ela, essa foi apenas uma de várias que acontecerão. Paula ressalta que além das famílias se alimentarem da produção, enriquecendo a alimentação e melhorando a saúde, encontram na feira um espaço oportuno para incrementar a renda através da venda do excedente.

Texto: Pascoal Ferreira (Ascom CAA)

terça-feira, 29 de março de 2011

Oficina difunde conhecimentos sobre plantas medicinais no Pará


Entre os dias 22 e 24 de março, agricultoras e beneficiadoras de plantas medicinais participaram da oficina Disseminando saberes sobre o cultivo, conservação e manejo de plantas medicinais, no âmbito do Projeto Mulheres do Campo, promovida pela Associação Paraense de Apoio as Comunidades Carentes (APACC), pelo Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense (MMNEPA) e pela Pão Para o Mundo (PPM) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Oriental). Participaram cerca de 30 mulheres que já utilizam e beneficiam plantas medicinais mas também são fruticultoras, pescadoras, artesãs, integrantes da Pastoral da Criança, Agentes Comunitárias de Saúde, de grupo de Bioenergética, entre outras. A maioria veio dos municípios do Nordeste Paraense e do Baixo Tocantins como Cametá, Mocajuba, Capanema, São Miguel, do Guamá, Santa Maria, Irituia, Santa Luzia, Salinas, Tracuateua, Mãe do Rio, Limoeiro do Ajuru, Nova Timboteua. 
Integraram a programação trocas de experiências, debates e aulas práticas, como visita ao Horto de Plantas Medicinais; cultivo, conservação e propagação das plantas; fitoquímica; e coleta e identificação botânica. As participantes se comprometeram em multiplicar os novos conhecimentos em suas comunidades.
Para o pesquisador da Embrapa, Osmar Lameira, o interessante é que essas mulheres repassem informações e dicas nas comunidades onde vivem. “Elas já sabem fazer e trabalham com isso. O curso não pretende ensiná-las e, sim, sistematizar o processo já utilizado por elas: mostrar o tempo certo para colher uma folha, como utilizar melhor uma casca, como as plantas devem ser cultivadas e conservadas, como, por exemplo, evitar guardar o material em sacos plásticos, já que não impede a umidade”, explicou.
Este documento foi elaborado com a participação financeira da União Europeia. O seu conteúdo é de responsabilidade exclusiva da Pão Para o Mundo, não podendo, em caso algum, considerar-se que reflete a posição da União Europeia.
Veja abaixo algumas imagens do curso:



















domingo, 27 de março de 2011

CNBB divulga nota em defesa da Lei Maria da Penha

Nós, Bispos do Conselho Episcopal de Pastoral, reunidos em Brasília, nos dias 21 e 22 de março de 2011, manifestamos apoio à mobilização nacional em defesa da Lei Maria da Penha, sancionada pelo Presidente da República no dia 07 de agosto de 2006. Após cinco anos de vigência, a lei recebeu grande apoio da sociedade e merece ampliar seu alcance, assegurando todos os mecanismos e instrumentos nela previstos de modo que todas as mulheres vítimas de violência tenham seus direitos e sua cidadania garantidos.
A Lei representa uma grande conquista para as mulheres brasileiras, pois incorporou o avanço legislativo internacional e se transformou no principal instrumento legal no enfrentamento da violência doméstica contra a mulher no Brasil, inclusive com reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), como uma das melhores legislações do mundo.
As estatísticas, no entanto, revelam que o país ocupa a 12ª posição no ranking mundial de homicídios femininos (Mapa da violência - 2010, Datasus). No período de 1997 a 2007, 10 mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. Isso merece nosso repúdio e indignação.
São, portanto, motivo de preocupação as interpretações restritivas e as tentativas de revisão dos artigos 16 e 41 da lei que diminuem sua eficácia e representam um significativo retrocesso na sua implementação e aplicabilidade. Tais restrições acarretam menor punição aos agressores, aumento do arquivamento dos processos, o desestímulo das mulheres em denunciar e exigir prosseguimento das investigações.
A Lei Maria da Penha é instrumento que levou a sociedade a realizar ações positivas no enfrentamento dos atos de violência contra a mulher. Cabe aos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo cuidar pela sua manutenção tal como aprovada, não permitindo nenhum tipo de retrocesso ou omissão.
A Igreja, comprometida na defesa dos Direitos Humanos, manifesta-se, mais uma vez, a favor do respeito à dignidade da mulher, incentiva os esforços de instituições e da sociedade na luta pela superação de todo e qualquer tipo de violência, possibilitando a construção de uma cultura de paz no ambiente familiar e social.
Brasília, DF, 22 de março de 2011.
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

Justa Trama lança promoção

A Justa Trama - Cadeia Ecológica do Algodão Solidário lançará na próxima quarta-feira, dia 30, através do site E-Solidaria.net - Comércio Justo e Solidário, uma promoção com desconto de 15% em todos os seus produtos, com frete grátis para todo o Brasil.

Trata-se de uma parceria que dará início a uma série de campanhas, que têm por finalidade a divulgação dos Empreendimentos Solidários por meio de promoção segmentada de produtos por empreendimento no site.

A Justa Trama viabilizou o desconto de 15% e o E-Solidaria.net a condição de frete grátis para todo o Brasil. Acesse http://www.e-solidaria.net/.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Comitê em Defesa do Urumari promove a III Romaria das Águas


A fim de sensibilizar os comunitários para a importância da preservação ambiental, assim como chamar atenção das autoridades para a necessidade de implementar ações e políticas públicas que assegurem a recuperação e proteção dos mananciais urbanos, o Comitê em Defesa do Urumari promove a III Romaria das Águas, em Santarém, até o dia 5 de junho de 2011, com o tema “Urumari: tua beleza encanta a vida”. A abertura da romaria ocorreu no dia 22 de março, Dia Mundial da Água.

Abong conclui consulta brasileira sobre a efetividade das Organizações da Sociedade Civil

Nos dias 21 e 22 de março, a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) promoveu, em São Paulo, a Consulta Nacional do Fórum Aberto para a efetividade do desenvolvimento das Organizações da Sociedade Civil (OSCs), conhecido como Open Forum, com o apoio da Asociación Latinoamericana de Organizaciones de Promoción (ALOP). O coordenador executivo da Associação Paraense de Apoio as Comunidades Carentes (Apacc) - Baixo Tocantins, Franquismar Souza, participou do encontro.

Entre os assuntos discutidos ao longo do encontro estavam a cidadania participativa, a cooperação internacional, o desafio de promover políticas públicas na perspectiva de direitos, gênero e raça no novo contexto político, os movimentos feministas e de mulheres na América Latina, os impactos do trabalho das OSCs no Brasil, as condições necessárias para seu funcionamento, sua transparência, entre outros.

A próxima consulta nacional será de 28 a 30 de março, na República Dominicana e irá incluir também um subgrupo do Haiti.

Fonte: Abong

Curso de jardinagem e paisagismo produtivo com foco em agroecologia e bioconstrução

quarta-feira, 23 de março de 2011

Os perigos dos agrotóxicos no Brasil

A Radioagência NP apresenta uma série especial de sete reportagens sobre os agrotóxicos no Brasil. Os programas tratam dos efeitos dos agrotóxicos na saúde humana (tanto dos trabalhadores rurais como dos consumidores de alimentos), no meio ambiente e na agricultura.

O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. Mais de um bilhão de litros de venenos foram jogados nas lavouras em 2010, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.

Com a aplicação exagerada de produtos químicos nas lavouras no país, o uso de agrotóxicos está deixando de ser uma questão relacionada especificamente à produção agrícola e se transforma em um problema de saúde pública e preservação da natureza.

O consumo de agrotóxicos cresce de forma correspondente ao avanço do modelo do agronegócio, que concentra a terra e utiliza grande quantidade de venenos para garantir a produção em escala industrial. Nesse quadro, os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações. Ficam atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza. Essas fórmulas podem causar distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios.

Para ler e ouvir os programas da série especial “Os perigos dos agrotóxicos no Brasil”, acesse o site http://www.radioagencianp.com.br/.

Fonte: Radioagência NP

Vejam vídeo sobre três projetos simples e baratos para transformar água suja em potável

Mais de 31 milhões de brasileiros ainda não têm água tratada, segundo o IBGE. 
A água contaminada ainda é uma das principais causas de doenças em todo o país.
Veja também:
 http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_doce/dia_mundial_da_agua.html
Use a água racionalmente, 
a fonte não pode secar!

Como transformar água suja em potável

Agricultura e energia são prioridades do Fundo Clima

O orçamento de R$ 238 milhões do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) terá como prioridades os setores da agricultura, energia, siderurgia e ações que contribuam para evitar o desmatamento da Amazônia, além dos desmatamentos e queimadas no Cerrado. Nessas áreas se inserem a maior parte das iniciativas que fazem parte das metas voluntárias assumidas pelo Brasil em 2009 na Convenção do Clima, em Copenhagen, para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

"No prazo de aproximadamente um mês deveremos ter o detalhamento de como e onde os recursos serão aplicados", afirmou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Gaetani. O fundo é um dos principais instrumentos para o financiamento de atividades vinculadas à Política Nacional sobre a Mudança do Clima. Nos próximos dias, o assunto será debatido junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O BNDES vai dispor R$ 204 milhões em linhas de crédito reembolsáveis e o MMA destinará R$ 34 milhões em recursos não-reembolsáveis. Serão contemplados projetos dos setores público e privado. Os convênios a serem firmados poderão ter a participação de organizações não-governamentais.

Os demais setores a serem contemplados por repasses do fundo estão definidos na Lei 12.187, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima. Em seu artigo 11, estão mencionadas áreas como transporte, indústria de bens de consumo e construção civil, por exemplo.

terça-feira, 22 de março de 2011

Capitalismo: risco de ecocídio e de biocídio, artigo de Leonardo Boff

O capitalismo é um modo de produção social e uma cultura. Como modo de produção destruiu o sentido originário de economia que desde os clássicos gregos até o século XVIII significava a técnica e a arte de satisfazer as necessidades da oikos, Quer dizer, a economia tinha por objetivo atender satisfatoriamente as carências da casa, que tanto podia ser a moradia mesma, a cidade, o país quanto a casa comum, a Terra. Com sua implantação progressiva a partir do século XVII do sistema do capital – a expressão capitalismo não era usada por Marx, mas foi introduzida por Werner Sombart 1902 – muda-se a natureza da economia. A partir de agora ela representa uma refinada e brutal técnica de criação de riqueza por si mesma, desvinculada do oikos, da referência à casa. Antes pelo contrário, destruindo a casa em todas as suas modalidades. E a riqueza que se quer acumular é menos para ser desfrutada do que para gerar mais riqueza numa lógica desenfreada e, no termo, absurda.

Leia o artigo na íntegra aqui.

*Leonardo Boff é autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Ecologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística. A maioria de sua obra está traduzida nos principais idiomas modernos.

Fonte: EcoDebate, 18/03/2011

Manifesto de pescadores e pescadoras do rio Xingu

Pescadores e pescadoras dos municípios paraenses de Altamira, Brasil Novo, Gurupá, Medicilândia, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Porto-de-Moz pescaram durante quatro dias nas águas do rio Xingu, no período final do defeso – época em que algumas espécies de peixes não podem ser capturadas, por estar em período de reprodução. O ato foi uma forma de denunciar a incoerência do Ibama, que estabelece o período de defeso para proteger algumas espécies de peixes, ao mesmo tempo em que concede licença para uma obra que vai destruir 90% de todas as espécies de peixes do rio Xingu, além de comprometer o modo de vida das populações que dependem do rio.

Para ler mais, clique aqui.

segunda-feira, 21 de março de 2011

BNDES aprova R$ 9,3 milhões para sustentabilidade ambiental no Estado do Pará

O BNDES aprovou, no âmbito do Fundo Amazônia, apoio financeiro no valor de R$ 9,3 milhões à Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE) para o desenvolvimento do projeto Fundo Dema - Uso Sustentável na Amazônia Paraense.

O objetivo do projeto é apoiar projetos socioambientais de pequeno valor, tendo como beneficiárias comunidades tradicionais da Amazônia (pequenos produtores, quilombolas e indígenas), localizadas no Estado do Pará, com foco na área de influência das rodovias Transamazônica e BR-163 e na região do Baixo Amazonas.

Para ler mais, clique aqui.

Fonte: BNDES, 18/3/2011

Dia do Marajó - Todo mês o Marajó virá a Belém

O evento "Manejo comunitário de camarão e sua relação com a conservação da floresta no estuário do rio Amazonas: sistematização de uma experiência em Gurupá (PA)" reunirá, nesta terça-feira (22), pessoas e organizações interessadas em trabalhar pela região. O encontro, marcado às 18h30, será no SESC Boulevard (Boulevard Castilho França, 522 / 523 - Campina , em frente à Estação das Docas).

Para mais informações, entre em contato pelo telefone (91) 3222 6000.

domingo, 20 de março de 2011

Os efeitos da perda de biodiversidade

Diversidade na Amazônia -Castanhal- Pará

Uma equipe internacional de cientistas publicou uma nova e abrangente análise, mostrando que a perda de biodiversidade de plantas desorganiza os serviços fundamentais que os ecossistemas fornecem à humanidade.

A equipe de pesquisadores da Universidade de Michigan analisou resultados de 574 estudos de campo e de laboratórios em cinco continentes, feitos durante as duas últimas décadas - que mediram as mudanças de produtividade resultantes da perda de algumas espécies vegetais. Este tipo de meta-análise permite que pesquisadores enxerguem além de seus trabalhos coletivos ou individuais, para conseguir um quadro global muito mais confiável. O estudo foi publicado na edição de março do American Journal of Botany.

Para ler mais, clique aqui.

Fonte: Planeta Sustentável

Pesquisa apresenta evolução do pensamento e do papel das mulheres brasileiras na sociedade

A pesquisa Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado, realizada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, por meio do Núcleo de Opinião Pública, em parceria com o SESC, apresenta a evolução do pensamento e do papel das mulheres brasileiras na sociedade. Entre os temas abordados no estudo estão Percepção de ser mulher: feminismo e machismo; Divisão sexual do trabalho e tempo livre; Corpo, mídia e sexualidade; Saúde reprodutiva e aborto; Violência doméstica; e Democracia, mulher e política.

A introdução do recorte de gênero é a grande inovação deste estudo que, desta vez, ouviu mulheres e homens sobre a situação da mulher brasileira. A pesquisa foi realizada em agosto de 2010 e ouviu a opinião de 2.365 mulheres e 1.181 homens, com mais de 15 anos de idade, de 25 unidades da federação, cobrindo as áreas urbanas e rurais de todas as macrorregiões do país. O levantamento envolve a inclusão de 176 municípios na amostra feminina e 104 na masculina.

Entre os temas abordados, a violência é o que chama mais atenção. Com relação à violência doméstica, em 2001, foram 12 modalidades abordadas; em 2010, foram 20. O tema Aborto foi mais aprofundado; entre os dados, estão os motivos que levaram muitas mulheres a terem abortado, como a falta de condições econômicas para ter um (ou mais de um) filho e a falta de uma relação estável e apoio do homem de quem engravidaram.

Para acessar a pesquisa, clique aqui.

Fonte: Fundação Perseu Abramo

sexta-feira, 18 de março de 2011

Fortalecer e difundir conhecimentos sobre plantas medicinais é objetivo de oficina


Entre os dias 22 e 24 de março, agricultoras e beneficiadoras de plantas medicinais das regiões do Baixo Tocantins e do Nordeste paraense participarão da oficina Disseminando saberes sobre o cultivo, conservação e manejo de plantas medicinais, promovida pela Associação Paraense de Apoio as Comunidades Carentes (Apacc) e pelo Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense (MMNEPA), na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia Oriental.

Integram a programação trocas de experiências, debates e aulas práticas, como Horto de Plantas Medicinais: cultivo, conservação e propagação de plantas medicinais; fitoquímica de plantas medicinais; e coleta, identificação botânica e xiloteca.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Produção e comercialização de produtos da agricultura familiar é tema de encontro em Capanema

Palestras, mesas redondas e depoimentos integram a programação do I Seminário da Central Amprafc – Associação Municipal dos/as produtores/as rurais da agricultura familiar de Capanema, que ocorre nesta sexta-feira (18), no auditório da Escola Estadual Pastor Ananias, no próprio município.

Com o tema Produção e comercialização da agricultura familiar com o foco de inclusão social, o evento, promovido pelo Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense (MMNEPA) e pela Central Amprafc, visa promover debate e capacitação dos/as produtores/as rurais do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Central Amprafc, no sentido de fortalecer as organizações para o enfrentamento das dificuldades no processo de gestão da produção e na comercialização dos produtos da agricultura familiar.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Saga da Amazônia Vital Farias

Rio + 20: reunião é marcada para junho do ano que vem

Foi concluída na semana passada a segunda reunião preparatória para a Rio+20, que marca os 20 anos da Eco-92. Os países escolheram a data do evento: de 4 e 6 de junho de 2012. Para o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, nesses quase 20 anos, algumas coisas foram bem e outras, nem tanto. Por isso, diz, a Rio+20 é uma oportunidade para a comunidade internacional finalmente realizar a promessa do desenvolvimento sustentável. O chinês Sha Zukang, secretário-geral para a conferência do Rio, concorda. "É a chance de a humanidade se comprometer com a transição para a economia verde e tirar as pessoas da pobreza. Não podemos esperar mais 20 anos."

Fonte: Site do Ministério das Relações Exteriores

terça-feira, 15 de março de 2011

Como eliminar agrotóxicos dos vegetais

Lembrando a tragédia do Cesio 137 e a impunidade dos responsáveis - Documentario Filme

"Agrotóxico vai contaminar a água e desequilibrar a oferta de alimentos", diz pesquisadora


 João Peres, Rede Brasil Atual
Publicado em 10/03/2011


Raquel Rigotto, durante aula na Fiocruz
Foto: EPSJV/Fundação Osvaldo Cruz/Divulgação)

A professora e pesquisadora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, Raquel Rigotto, alerta para o risco de contaminação das áreas agriculturáveis do país devido ao uso abusivo de agrotóxicos por parte das empresas do agronegócio.

Em entrevista à Rede Brasil Atual, Raquel, que também é coordenadora do Núcleo Tramas – Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, critica o modelo de desenvolvimento agrícola adotado pelo Brasil e prevê que a continuidade do atual padrão pode levar ao adoecimento da população, além de pouco contribuir para o abastecimento e a segurança alimentar no país.

Leia a entrevista na íntegra no site da Rede Brasil Atual.

As mulheres não são homens


A cultura patriarcal tem uma dimensão particularmente perversa: a de criar a ideia na opinião pública que as mulheres são oprimidas e, como tal, vítimas indefesas e silenciosas. Este estereótipo torna possível ignorar ou desvalorizar as lutas de resistência e a capacidade de inovação política das mulheres.

Boaventura de Sousa Santos

No passado dia 8 de março celebrou-se o Dia Internacional da Mulher. Os dias ou anos internacionais não são, em geral, celebrações. São, pelo contrário, modos de assinalar que há pouco para celebrar e muito para denunciar e transformar. Não há natureza humana assexuada; há homens e mulheres. Falar de natureza humana sem falar na diferença sexual é ocultar que a “metade” das mulheres vale menos que a dos homens. Sob formas que variam consoante o tempo e o lugar, as mulheres têm sido consideradas como seres cuja humanidade é problemática (mais perigosa ou menos capaz) quando comparada com a dos homens. À dominação sexual que este preconceito gera chamamos patriarcado e ao senso comum que o alimenta e reproduz, cultura patriarcal.

Leia a continuação clicando aqui.

Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal). Publicado em Carta Maior no dia 9 de março de 2011.

sábado, 12 de março de 2011

"Conquistar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres na agricultura não só é justo; também é crucial para o desenvolvimento agrícola e a segurança alimentar”.

Mulheres em Ação. Quintais Agroecológicos, Nordeste Paraense, Arquivo MMNEPA

 Relatório da FAO destaca desigualdade de gênero na produção agrícola

De acordo com o relatório, as mulheres, apesar de representar aproximadamente 43% da força de trabalho agrícola nos países em desenvolvimento, produzem menos que os homens. Não por falta de capacidade, mas pela dificuldade de acesso a informações e produtos agrícolas.

Por Karol Assunção
"Conquistar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres na agricultura não só é justo; também é crucial para o desenvolvimento agrícola e a segurança alimentar”. É assim que Jacques Diouf, diretor geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, por sua sigla em inglês), encerra o prólogo da edição 2010-2011 do relatório "O Estado Mundial da Agricultura e da Alimentação”. O informe, que destaca a diferença de gênero na agricultura, foi lançado na última segunda-feira (7), no marco das celebrações do Dia Internacional da Mulher, em Santiago de Chile.

Com o título "As Mulheres na Agricultura: Fechar a diferença de gênero em favor do desenvolvimento”, a análise revela que as mulheres podem contribuir significativamente para a diminuição da fome no mundo caso tenham mais acesso à terra, às tecnologias, aos serviços financeiros e à educação. Isso porque ainda é evidente a desigualdade entre homens e mulheres no âmbito agrícola.

De acordo com o relatório, as mulheres, apesar de representar aproximadamente 43% da força de trabalho agrícola nos países em desenvolvimento, produzem menos que os homens. Não por falta de capacidade, mas pela dificuldade de acesso a informações e produtos agrícolas.

Segundo o informe, em comparação com os homens, as mulheres administram propriedades menores, criam menos gado, têm menos acesso a equipamentos e produtos agrícolas, recebem menos tempo de educação, utilizam menos serviços financeiros, recebem salários mais baixos e têm uma quantidade de carga de trabalho global maior.

"As mulheres na agricultura e nas áreas rurais têm um menor acesso aos recursos produtivos e menos oportunidades que os homens. A diferença de gênero abarca muitos ativos, insumos e serviços e supõem um custo para o setor agrícola, para a economia em geral e para a sociedade, assim como para as próprias mulheres”, destaca FAO em folha de informação do relatório.

A partir desse quadro, o informe aponta que o fim da diferença de gênero pode, sim, contribuir para a diminuição da fome no mundo. De acordo com ele, se as mulheres tivessem o mesmo acesso aos recursos agrícolas que os homens, o rendimento delas aumentaria entre 20% e 30%, o que significaria um crescimento de 2,5% a 4% na produção agrícola total dos países em desenvolvimento.

"Um aumento da produção deste calibre permitiria reduzir o número de pessoas famintas no mundo entre 12% e 17%”, estima. Os benefícios de aumentar a produção agrícola das mulheres não se resumem à diminuição da fome, mas também ao crescimento econômico e humano, já que, segundo o estudo, elas investem mais em alimentação, saúde, vestuário e educação para os filhos.

Assim, o relatório considera importante a promoção de políticas e ações que diminuam a diferença de gênero no âmbito agrícola, como: a eliminação da discriminação da mulher aos recursos agrícolas, à educação, ao trabalho e aos créditos e serviços financeiros; o investimento em tecnologias e infraestruturas que melhorem a produção das mulheres; e o aumento da participação feminina nos mercados de trabalho rurais justos.


http://www.revistaforum.com.br/noticias/2011/03/10/relatorio_da_fao_destaca_desigualdade_de_genero_na_producao_agricola/

sexta-feira, 11 de março de 2011

Associação paraense trabalha no desenvolvimento de tecnologias sociais no campo

Coleta do Açaí - Cametá, jul.2010, Arquivo APACC

Camila Queiroz
Jornalista da Adital

A Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes (APACC) desenvolve no município de Cametá, junto à comunidade, duas tecnologias sociais certificadas pela Fundação Banco do Brasil. A associação, que trabalha em várias linhas, prioriza a agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável, com enfoque na agroecologia, entendida não apenas como um modo de produção, mas uma forma de organizar a comunidade. As atividades em Cametá, na região do Baixo Tocantins, são desenvolvidas desde o ano 2000, com o apoio da União Europeia.
A tecnologia Redes Locais Tecendo Saberes Agroecológicos visa à formação dos agricultores e agroextrativistas e a valorização de seus saberes, através da experimentação e produção, planejamento, multiplicação e uso sustentável dos recursos naturais da região. As inovações desenvolvidas são repassadas a outras famílias da comunidade pela Rede de Agricultores Multiplicadores, composta por cerca de 100 multiplicadores que repassam o conhecimento a cinco mil famílias.
A associação trabalha com formação nas comunidades, a partir de um diagnóstico das fragilidades. Em Cametá, as temáticas elegidas foram o açaí, a criação de peixes em cativeiro, bem como a de abelhas, cultivo de plantas medicinais, de mandioca, produção de farinha e camarão, além de formação em saúde preventiva.
"A nossa prática é de experimentar os processos junto à comunidade, respeitando os conhecimentos tradicionais. Não queremos difundir ‘pacotes tecnológicos', mas sim uma gestão e planejamento participativos da propriedade, multiplicação e uso sustentável dos recursos naturais da região, o que deve incluir uma visão integrada de homem/mulher e meio ambiente”, detalha o coordenador executivo da APACC, Franquismar Marciel. De 2000 a 2003, 1.500 famílias participaram da formação, divididas em grupos.
Já a tecnologia ‘Aprimorando o Manejo de Açaizais Nativos' experimentou inovações para a melhora da produção, que era muito baixa. Franquismar conta que a comunidade das ilhas (ou vargens) trabalhava com o açaí nativo, mas a falta de formação gerava muitas perdas.
Hoje, 70% da comunidade faz uso das novas tecnologias, em 13.500 hectares. A experimentação começou com um hectare apenas e chegou a soluções como utilizar adubo orgânico, do próprio açaizal, fazer sombreamento adequado, não derrubar árvores nativas para replantar, dentre outras.
A comunidade ganhou em produção, o que gerou mais renda, e investiu também em diversificação das culturas, garantindo a segurança alimentar. O período de produção do açaí foi prolongado em até três meses e houve melhoria na qualidade dos frutos. Foram criadas cooperativas locais para a comercialização e a conscientização das famílias sobre o cuidado com a floresta.
Este ano, a APACC realizará, em maio, uma feira de economia solidária na cidade de Limoeiro do Ajuru e, em novembro, uma feira em Cametá, envolvendo 11 municípios, em parceria com sindicatos, prefeituras, ONGs e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), regional Norte 2.

Texto publicado no dia 02.03.11.

Para ONU, a agroecologia pode duplicar a produção de alimentos em dez anos

Os agricultores podem duplicar a produção de alimentoa para os próximos dez anos em regiões críticas usando métodos orgânicos, de acordo com o último relatório da Organização das Nações Unidas. O relatório, baseado em uma revisão exaustiva da literatura científica recente, defende uma transição agroecológica como meio de aumentar a produção de alimentos e melhorar a situação dos mais pobres.

Para ler mais, clique aqui.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Jornada mobiliza 10 estados contra agrotóxicos

Da Página do MST

A Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina, que mobilizou 10 estados desde o começo da semana, denuncia os impactos para a saúde humana e para o ambiente do uso abusivo dos agrotóxicos e aponta a responsabilidade do modelo de produção do agronegócio.

Em todo o Brasil, as camponesas, em conjunto com outros movimentos urbanos, denunciam que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, inclusive de agentes contaminantes totalmente nocivos a saúde humana, animal e vegetal que já foram proibidos em outros países.

As ações denunciam os efeitos nocivos para a saúde e meio ambiente da utilização anual de mais de um bilhão de litros de venenos, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola. O Brasil ocupa o primeiro lugar na lista de países consumidores de agrotóxicos desde 2009.

“A produção em grande escala com venenos traz conseqüência para a vida das pessoas, seja no campo, seja na cidade. Temos necessidade de consolidar esse debate na cidade, que é um debate para a humanidade”, afirma Marisa de Fátima da Luz, assentada na região do Pontal do Paranapanema (SP), e integrante da Coordenação Nacional do MST.
Leia Mais:
http://www.mst.org.br/balanco-jornada-das-mulheres-2011

Parlamentares entregam prêmio Bertha Lutz às vencedoras de 2010

Em sessão solene na última terça-feira (1º), o Congresso Nacional comemorou o Dia Internacional da Mulher (celebrado em 8 de março) e entregou o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz 2010, do Senado, às cinco vencedoras dessa edição do prêmio. Foram diplomadas Maria Liége Santos, Chloris Casagrande, Maria José da Silva, Maria Ruth Barreto e Carmen Helena Foro.

Maria Liége participa da Federação Democrática Internacional de Mulheres. Chloris Casagrande é pedagoga, escritora e atualmente vice-presidente da Academia Paranaense de Letras. Maria José da Silva criou um projeto de coleta seletiva e educação ambiental e incentiva a criação de cooperativas de mulheres catadoras de material reciclável, no Piauí. A psicopedagoga Maria Ruth Barreto foi a primeira presa política do Ceará durante o regime militar. Carmen Helena Foro trabalha como coordenadora de movimentos sindicais.

A sessão de homenagem às mulheres foi requerida por Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que também preside o Conselho do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz. Segundo a senadora, é necessário "reverenciar as mulheres, em reconhecimento por sua fibra e coragem, por sua ternura e carinho, e pela dedicação".