sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Margaridas marcham em Brasília


Cerca de 100 mil mulheres estiveram reunidas, nos dias 16 e 17 de agosto, em Brasília, para reivindicar desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade, durante 4ª edição da Marcha das Margaridas.
Representantes das 27 federações do país participaram das atividades do encontro, no Pavilhão do Parque da Cidade, desde oficinas, painéis, lançamento do CD Marcha das Margaridas e de publicações sobre as lutas das trabalhadoras rurais, até o lançamento da Campanha contra os Agrotóxicos.


A secretária nacional de mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmen Foro, disse que a construção da marcha acontece há mais de um ano, e que foram muitos pastéis, panos, rifas e festas que possibilitaram a presença de plataforma política que diz respeito ao desenvolvimento sustentável do Brasil, que só pode ser alavancado com Justiça, autonomia, igualdade e liberdade. Carmen acredita que o diálogo com a presidente Dilma vai render frutos históricos, capazes de transformar a vida. E que a expectativa é de construção de agenda longa, com políticas públicas que propiciem um salto de qualidade. A marcha percorreu de 5 quilômetros, desde o Parque da Cidade até a Esplanada dos Ministérios.


Caderno de respostas - A presidenta Dilma Rousseff entregou, no encerramento da Marcha das Margaridas, o caderno de respostas às reivindicações feitas. Dilma apresentou as respostas a Carmen Foro. Dilma também falou das reivindicações feitas. Ela afirmou que o Governo Federal ainda não acatou todas as exigências, mas se comprometeu em continuar conversando. “Muitas das demandas foram acatadas, outras demandas nós vamos continuar a conversa. A maior conquista dessa marcha das margaridas é a continuidade do diálogo com o governo. Eu me comprometo a dar continuidade a esse dialogo respeitoso e companheiro que nós temos, iniciado no governo Lula”, prometeu a presidenta.


O presidente da Contag, Alberto Broch, comemorou a realização da marcha e assegurou que este é um momento histórico na vida das mulheres do campo. Alberto se emocionou em alguns momentos e citou as mulheres como fundamentais na continuidade de vida no campo. “Desigualdade, violência e falta de poder aumentam o êxodo rural. Queremos um campo com gente, com rostos humanos, com homens e mulheres construindo o fortalecimento rural sustentável e, nesse papel, as mulheres são fundamentais”, assegurou.
Alberto ainda fez uma proposta à presidenta Dilma Rousseff para que haja uma política de fortalecimento da agricultura familiar e do acesso à terra. Isso, segundo Broch, seria indispensável em um novo modelo de desenvolvimento sustentável.
Fonte: Agência Contag de Notícias

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