terça-feira, 23 de outubro de 2012

Movimentos sociais pedem a suspensão do milho transgênicos NK 603 da Monsanto

Este tipo de milho transgênicos foi objeto de estudo conduzido pelo pesquisador Gilles-Eric Séralini, da Universidade de Caen, que constatou toxidade alarmante em ratos de laboratório expostos ao milho geneticamente modificado, ocasionando grandes índices de mortalidade e aparecimento de grandes tumores cancerígenos em curto período naqueles animais.



Cerca de 25 organizações e movimentos sociais, dentre elas a  Terra de Direitos, enviaram ontem (17) para Comissão Técnica Nacional de Biossegurança-CTNBio, Ministério Público Federal e Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA e outros órgãos governamentais solicitando a reavaliação e imediata suspensão do milho geneticamente modificado NK 603, tolerante ao Glifosato (Milho Roundup Ready), de propriedade da transnacional Monsanto. O ofício contou com adesões como da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa).
O documento teve como fundamento o recente estudo conduzido pelo pesquisador Gilles-Eric Séralini da Universidade de Caen, que constata a toxidade alarmante em ratos de laboratório expostos ao mencionado milho geneticamente modificado, ocasionando grandes índices de mortalidade e aparecimento de grandes tumores cancerígenos em curto período naqueles animais.
No Brasil, esse milho foi liberado comercialmente pela CTNBio em 2008 e é amplamente cultivado em território brasileiro, assim como utilizado pela população para alimentação. Atualmente, além desse transgênico, outras cinco variedades de milho geneticamente modificado possuem o evento NK603 em sua composição, conhecidos como eventos pirâmidados, aprovados para comercialização no país. As pesquisas apresentadas pela empresa Monsanto foram realizadas a curto prazo e não foram publicadas em nenhuma revista científica.
Maior empresa transnacional do setor de biotecnologia, a Monsanto é conhecida por sua produção antagônica ao projeto de soberania alimentar e de produção de alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos, pautas históricas de diversos movimentos sociais, como a Via Campesina, Movimentos dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que também assim o documento.
Fonte: Blog Cá Prá Nós

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