segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

III Oficina de Retrospectiva do projeto Mulheres do Campo

Foi realizada nos dias 07 a 11 de janeiro a terceira e última Oficina de Retrospectiva do ano 3 do projeto Mulheres do Campo, na qual foi avaliado parcialmente o último ano do projeto, que se encerra no próximo mês. Mais uma vez a facilitação do encontro ficou por conta de Eduardo W. Ferreira, consultor do forum für internationale entwicklung + planung (FINEP), que em português quer dizer "Fórum para o Desenvolvimento Internacional e Planejamento", ou seja, um enviado da União Europeia para dar suporte a equipes que desenvolvem projetos financiados por ela. Também estiveram presentes Fátima Nascimento, representante da ELO, organização que colabora com a Pão Para o Mundo (PPM), co-financiadora do projeto, além de representantes das duas organizações que o executam, o Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense (MMNEPA) e Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes (APACC).

Acolhendo os ventos que sopravam da baía do Guajará, os agentes presentes no hotel Beira Rio, onde a oficina foi realizada, revisitaram o projeto que vivenciaram nos últimos três anos, com toda dor e a delícia que um processo democrático proporciona. E em meio a acertos, erros, consensos e discordâncias, a avaliação da oficina, bem como do projeto que chega a reta final foi otimista. "No geral achei positiva a atividade. Foi bom porque pudemos fazer uma atualização, e em alguns momentos muitas cobranças foram feitas, mas entendemos que em situações assim é preciso ter cuidado para não apontar culpados", afirmou Rita Teixeira, coordenadora do MMNEPA.

O mesmo tom foi usado por Franquismar Maciel, coordenador da APACC de Cametá. "A oficina em si foi muito boa, pois conseguimos avançar bastante aqui em muitas questões que a gente achou que ia ser difícil", avaliou. Para Fátima, da ELO, é uma pena que no momento em que se percebe um maior entrosamento entre a equipe o projeto esteja no fim. "Durante o projeto não houve um fluxo mais permanente de comunicação, porém, a gente precisa entender que o processo é assim mesmo. Saio daqui também com a impressão de que a oficina foi muito positiva", salientou.

Já Mathias Fernsebner, representante da PPM, lamenta ter podido acompanhar apenas um ano e meio do projeto. "Mesmo assim penso que foi muito bom ter podido participar desse processo", concluiu.

FIM DO COMEÇO
O Projeto Mulheres do campo é executado nas regiões do Nordeste Paraense (sob a tutela do MMNEPA) e no Baixo Tocantins (pela APACC) e deve ter como últimas atividades, até fevereiro, o lançamento definitivo do catálogo virtual dos produtos comercializados pelos empreendimentos atendidos pelo projeto, um livreto que vai sintetizar experiências de dez organizações beneficiadas, multiplicação de saberes despertados no projeto, como nas oficinas Camponês/a a camponês/a e de plantas medicinais, além de, finalmente, e o Seminário de encerramento.

As oficinas dos anos anteriores serviam para avaliar o ano que passara e o ano que vinha a seguir. Coube então a essa oficina a tarefa de traçar quais passos ainda precisam ser dados até o fim, que, para as financiadoras e todas/os presentes também significa um outro começo. "O mais importante para a União Europeia ao final de um projeto como esse é ter a certeza de que as sementes foram lançadas em terra fértil e daqui a alguns anos poder perceber que o que foi investido foi traduzido em melhoria de vida das pessoas", pontuou Eduardo W. Ferreira, do FINEP.









Nenhum comentário:

Postar um comentário